segunda-feira, junho 27, 2005

Milhopã

Além do Skiny, havia outro salgadinho que também era uma beleza, chamado Milhopã. Ele também não tinha sabor de queijo, bacon, presunto, churrasco, pizza etc. Era sabor de milho, mesmo.
O salgadinho era comprido, como se fosse um cilindro, mas todo torto, de mais ou menos 5cm. A consistência era mais ou menos a mesma de um isopor. Vinha em um saco tamanho família, mas tinha gente que matava um sozinho no lanche da tarde.
Tão bom como comer Milhopã era fazer esculturas com ele. Era só pegar um, molhar a ponta dele com a língua, pegar outro, fazer o mesmo e emendar os dois. Eles ficavam colados e bem firmes. E aí você podia repetir o processo quantas vezes quisesse, juntando vários e vários salgadinhos e fazendo esculturas enormes. Que depois, claro, eram comidas.
Milhopã era um ótimo acompanhamento para assistir Chaves e todos os seriados japoneses.

Diversão garantida!

quarta-feira, junho 22, 2005

Porta dos Desesperados

Vamos abrir a porta dos desesperados! Assim clamava o inolvidável Sérgio Mallandro em seu Oradukapeta num dos quadros mais trashes e memoráveis da televisão brasileira: a adaptação para o universo infantil da porta da esperança.

Para quem não se lembra: eram três portas (três espécies de armários) no centro do palco. A porta número 1, a número 2 e a número 3! Então o participante da brincadeira tinha que escolher entre uma delas. Em uma, prêmios que variavam entre videogames e bicicletas (sonhos de consumo de 9 entre 10 crianças da década de 80). Nas outras duas, coisas apavorantes que variavem entre bruxas e múmias, passando por ursos e lobisomens. Esse era o dilema... uma chance em três de acertar o local do prêmio (há uma teoria que diz que essa chance poderia ser maior). E não acertar significada ser perseguido por aqueles seres fantasiados.
O pior, o angustiante, era que depois de muito refletir, assim que o participante escolhia a porta, sob uma atmosfera de suspense, o apresentador ainda questionava: "Quer trocaaaaaarrr?!?"
Realmente uma das coisas mais legais da TV de todos os tempos.

Diversão garantida!

terça-feira, junho 21, 2005

Porta da Esperança

Esse programa era a cara do começo da noite de domingo!

Sílvio Santos realizava o sonho de 95% (as contas são minhas) das pessoas que iam até o programa. Eu torcia para que todos fossem atendidos. E lógico que havia em minha mente infantil e inocente uma visão de que aquelas empresas iam lá mesmo de coração, caridosamente, atender aos pedidos dos menos favorecidos.
Talvez só prá não dar muito na cara é que esses 5% (ainda de acordo com minhas contas) não eram atendidos. Aí o telespectador ficava triste (pois não tinha valido a torcida), o convidado do programa ficava triste (por não ver a realização de seu sonho), e ficava triste também o Sílvio (por não ter tido um patrocinador para aqueles longos minutos de programa).
Já vi gente se revoltar ou ir às lágrimas com o programa. Eu gostava mesmo era de torcer e de todo o suspense contido na frase: Vamos abrir as portas da esperança!...

Diversão garantida!

Update: veja uma foto da Porta da Esperança aqui em http://www.flickr.com/photos/mineirasuai/360059909/in/photostream/

sexta-feira, junho 17, 2005

Caverna do Dragão

Esse realmente foi um dos desenhos símbolos da infância na década de 80. Quem não se lembra de Hank, Sheila, Eric, Bob, Presto, Diana, Uni, Mestre dos Magos, Vingador e Tiamat?

Caverna

Era a história de um grupo de jovens que entram em uma montanha russa num parque de diversões e acabam indo parar em outro mundo. À primeira vista, eles encontram lá um companheiro para o grupo (Uni), um mentor (Mestre dos Magos), um inimigo (Vingador) e um dragão (Tiamat) que raramente aparece e que ninguém sabe de que lado está.

Mas o fato é que olhando a história mais de perto muitas dúvidas podem surgir... e como esse desenho até onde eu sei (e não vou entrar nesse mérito) não tem um episódio final, isso é um prato cheio para a criação de teorias a respeito.
A teoria que mais me agrada é a seguinte: eles não estão presos em um mundo, estão mortos e no inferno(!). Mestre dos Magos, Vingador e Uni são todos comparsas (cogita-se que os dois primeiros sejam uma única "pessoa"), que na verdade se divertem criando esperanças nos garotos e depois acabando com elas. Uni nunca deixa eles entrarem no portal de volta para casa, e eles acreditam que não voltaram por que opção, mas na verdade eles nunca poderiam mesmo voltar (estariam mortos, lembra?). Mas tudo se encaixa com perfeição para que eles acreditem que têm controle sobre alguma coisa, não percam a esperança e continuem divertindo o Mestre dos Magos/Vingador. Hum... parece que essa teoria surgiu depois de Matrix. Nessa teoria, o Tiamat não tem uma função definida.
Se você acha que eu deveria me aprofundar mais no assunto, dê uma olhada aqui.

Mas o importante é que quando criança eu só assistia ao desenho sobre a ótica do bem e do mal, e torcia - todos as vezes - para que eles encontrassem o tal portal e de alguma forma entrassem por ele e se salvassem (ainda que isso representasse o fim das aventuras). Mas eles nunca conseguiram... Uniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!........................

Diversão Garantida!

quinta-feira, junho 16, 2005

Skiny

Nessa época o tal Skiny - e qualquer outro salgadinho do gênero - não tinha sabor (de queijo, de presunto, de bacon, de churrasco, de pizza, de calabreza, de cebola com alho etc.). Ou seja, Skiny era Skiny. Era de milho, e pronto.
Skiny combinava com qualquer refrigerante e com qualquer coisa que estivesse passando na televisão.
Tinha uns doidos que davam uma molhadinha no Skiny com refrigerante. Tinha outros também que faziam Skiny recheado. O recheio era o próprio Skiny... mas em pasta. Como faziam essa pasta?... Bem, não sei se posso dizer... digamos que, bem... se você não quiser continuar lendo esse parágrafo, não precisa. Mas o recheio era feito de Skiny mastigado.
Além disso, comer Skiny displicentemente era um atentado à saúde das gengivas, já que ao menos nessa época o salgadinho era ligeiramente duro, e uma mordida mal dada podia ser fatal.
Qualquer hora falarei aqui do Milhopã.

Diversão garantida!

terça-feira, junho 14, 2005

Motorama

Motorama era o "primo pobre" do Autorama (tanto que não aparece no site da estrela, e por isso dessa vez fico devendo uma foto).
Enquanto este era movido a pilhas, com um controle para controlar a aceleração do carrinho, e podia ser do Senna ou do Piquet, aquele era movido a corda, com um controle tipo manivela, e tinha uma motinha azul e outra laranja.

Para quem não conheceu, explico.
A moto possuía uma engrenagem do lado de fora. O controle possuía uma manivela. Girando-a para frente, uma segunda engrenagem que existia na beirada da pista era mecanicamente acionada, posicionando-se de tal forma que se encaixava com a da moto assim que ela passava nesse ponto "de abastecimento". Continuando a girar a manivela para frente, a engrenagem da pista girava de tal forma que dava corda na motinha (Imagine agora a barulheira de dois moleques "abastecendo" doidamente suas motinhas: rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...). No momento em que a moto estava literalmente com a corda toda, era só girar a manivela prá trás, que a engrenagem da pista se recolhia, liberando novamente a motinha.
Pertinho do ponto de abastecimento, havia um contador de voltas (obviamente, também mecânico).
Segredo para se ganhar a corrida: ter o feeling para não parar para abastecimento antes de ser realmente necessário. Normalmente, quando a corda estava acabando, havia um momento crucial em que a velocidade diminuia vertiginosamente. Era necessário reabastecer antes desse ponto, senão o jogador era obrigado a esperar a moto completar uma volta extremamente lenta (em torno de 4 segundos!).

Apesar dos pesares, o Motorama tinha vantagens sobre o Autorama:
  • Era possível colocar as motos para andar fora da pista!
  • Não gastou, não gasta e nunca gastará pilhas!

Diversão garantida!

sexta-feira, junho 10, 2005

O caiaque e o navio

Nem sempre a gente acertava exatamente as letras das músicas. Agora descobri que existe uma expressão (de acordo com o blog Virunduns), "aparentemente criada por Paulo Francis, para definir essas ocasiões em que a cabeça da gente viaja longe e recria maionesicamente letras de música: 'virundum'"

Entrei de caiaque

Segue uma pequena lista (não exaustiva) dos virunduns que me lembro que fizeram parte da minha infância. Para equilibrar, são duas nacionais e duas internacionais:

"Entrei de caiaque no navio, ou!" (eu não sabia se ele estava carregando o caiaque ou dentro dele, remando tão forte que havia batido no navio e parado lá dentro dele; gostava mais da segunda hipótese).
"Homem que mata! Capitalismo selvagem"
"Vou comprar papel... iê, iê, iê e vou comprar papel"
"Tchâs pire! Pirêêê... (pirê...) pirêêê... (pirê...) On tchâ-tchâ-tchâs pire, pire!"

O importante era ouvir e cantar junto!

Diversão garantida!

quinta-feira, junho 09, 2005

Lá-rá, lá-lá-lá-rá, lá, lá-lá-lá-rá!

Estou indignado! Tenho feito rápidas pesquisas na Internet antes de cada post. E tem uns sites por aí que tratam do mesmo assunto desse blog. Mas parece que quem escreve não sabe do que está falando... simplesmente pegou as informações em inglês, traduziu mais ou menos, e publicou. Daí acontecem absurdos como dizer que o gato do Gargamel chama-se... Azrael! Pode ter esse nome em qualquer outro lugar, mas aqui no Brasil todo mundo sabe (ao menos eu imaginava isso!) que o gato chama-se Cruel. E que o correto é Smurf, e não de Smurfe (com esse E aí no fim)!

Smurfs
Bom, depois desse breve desabafo, vamos ao assunto. Smurfs.

Como esquecer aquela música? E as figuraças como o Papai Smurf (e sua voz), Smurfete, Gênio, Joca, Harmonia... E os vilões Gargamel e Cruel... bem, depois do desabafo acima, paro por aqui para não ser traído por minhas próprias palavras.

Hoje em dia os meninos preferem assistir a Dragon Ball Z. O que se há de fazer?
Para compensar, hoje em dia eles (Smurfs) têm até site oficial. Para ver os personagens, na página inicial clique em Facts e depois em Meet Us. Tem cada um lá que eu nunca vi.

Diversão garantida!

terça-feira, junho 07, 2005

DIPN'LIK

Receita para o melhor pirulito de todos os tempos: um pirulito (:P) e um saquinho de pó. Sabores: cereja, uva e laranja. Só de lembrar a boca enche de água.

DIPN'LIK

O pirulito era bem pequeno. Até onde vai minha memória gustativa, tinha gosto de nada. Ele exisita para levar o pozinho (responsável pelo sabor) do saquinho até a boca do menino, na medida certa. Quem tentou jogar o pó direto na boca (sem o auxílio do pirulito) sabe que não era a mesma coisa.
A verdadeira arte estava em saber dosar para que o pirulito e o pozinho acabassem ao mesmo tempo.

Diversão garantida!

domingo, junho 05, 2005

Thundercats

É difícil dizer qual dos desenhos que assisti na minha infância era melhor... Mas Thundercats com certeza está entre os melhores. Eu não me recordo do nome de todos os personagens (nem na época eu devia saber) ou do que aconteceu em cada episódio.

Thundercats

Mas claro que eu me lembro que havia o Lion (que agora eu descobri que originalmente se chamava Lion-O, com esse 'O' aí no final), o Tygra, a Cheetara, o Panthro, a Wily Kit, o Wily Kat, o Snarf e o inesquecível Mumm-Ra (o de vida eteeeeernaaaaaa...!). Tinha também o pai do Lion, o Escamoso e outros menos cotados.
Bom, eu não sou especialista mesmo no tal desenho, mas esses caras devem ser:
Return to Thundera
80s Nostalgia

Algo que na época eu não tinha como ter acesso (pelo simples fato de a Internet não ser uma realidade ainda) era a música da abertura. Hoje encontrei-a e aí está ela. Cuidado para não se perder na profundidade da letra:

Tema dos Thundercats

Thunder, thunder, thundercats, Ho!

Thundercats are on the move,
Thundercats are loose,
Feel the magic, hear the Roar,
Thundercats are loose,

Thunder, thunder, thunder, Thundercats!
Thunder, thunder, thunder, Thundercats!
Thunder, thunder, thunder, Thundercats!
Thunder, thunder, thunder, Thundercats! Thundercats!

Mas o bom mesmo nesse desenho é que dava para brincar de Thundercats. Eu era (quase sempre) o Tygra! E aí quando estávamos na casa de um primo meu onde havia uma parte cimentada no jardim, desenhávamos as motos deles (alguém se lembra?) com giz no cimento, sentávamos em cima dos desenhos e ficávamos pilotando aquilo a tarde inteira.

Diversão garantida!

sexta-feira, junho 03, 2005

Fantasy Star

Quem passou a infância na década de 80, teve videogame (ou tem um primo que teve), especialmente nosso querido Master System, e não jogou Fantasy Star... realmente perdeu uma grande oportunidade...

Alis, Myau, Odin e Noah

Para quem jogou, como esquecer dos heróis Alis, Myau (bons tempos em que o Pikachu não existia, pelo menos no Brasil), Odin e Noah? E aquelas músicas do jogo, que ficavam grudadas no ouvido?
Para muitos esse foi o primeiro RPG da vida, e para outros tantos (como é o meu caso), o último também.
Um jogo desses todo em português também foi bom demais. Quem poderia se esquecer de coisas como:
  • Alis usa lanterna. (Sempre era preciso nos labirintos escuros)
  • Passe esse gato para ca! (Se não me engano, era um tal de Dr. Mad quem fazia esse pedido indecoroso)
  • Myau morreu! (Era o que acontecia se a gente passasse o gato para lá)
  • Tolo! Ira morrer! (Era a ameaça que o tal doutor fazia se a gente não passasse o gato para lá)
  • Landrover... embarcado. (Quando o grupo entrava em seu veículo, que a gente chamava mesmo de “landrôver”, como se fosse uma só palavra)
E o mais interessante é que era possível salvar... sem memory card! Era possível salvar até quatro jogos. E tinha gente que locava o cartucho e depois tinha que devolver e perder tudo o que tinha salvo.
Bom, se você ainda estava pensando em chegar ao fim do jogo, desculpe estragar a surpresa, mas preciso contar que me lembro de algo que acontecia próximo ao final. Depois de passar dias e dias caçando o vilão Lassic, a gente descobria que ele não era o último vilão a ser derrotado, e sim um tal (salvo engano) de Darkfals. Esse aí (salvo novo engano) aparecia num sonho (ou pesadelo) da Alis, e era na verdade o vilão mais terrível do jogo.

Diversão garantida!

quinta-feira, junho 02, 2005

Colossus

Eu tenho um primo que tudo quanto era brinquedo dos mais modernos e mais cobiçados pelas crianças ele tinha... Inclusive, ele tinha um Colossus vermelho (tudo bem, eu não consegui uma foto de um vermelho, mas... usem a imaginação).

Colossus

Aquela camionete era incrível! Controle remoto sem fio, se movia em todas as direções, tração 4x2 ou 4x4, faróis que acendiam de verdade.
O problema é que ela gastava uma enormidade de pilhas... que não eram recarregáveis. Então era um jogo de pilhas a cada vez que íamos brincar. Dava pra mais ou menos 2 horas, se bem me lembro, dependendo do ritmo da brincadeira. Às vezes a gente fazia pistas para que cada um percorresse o circuito no tempo menor e derrubando o menor número de... dominós! (sim, porque esse mesmo primo tinha também umas 5 caixas de dominós dos mais variados, dos quais falarei um dia aqui). Aí, para dificultar as coisas, fechávamos as portas e janelas e apagávamos as luzes da sala para poder fazer o circuito apenas com os faroizinhos do Colossus acesos.

Diversão garantida!